
Miguel de Cervantes
março/2020Alcalá de Henares, cidade universitária de Castela, na Espanha, foi o berço de Miguel de Cervantes Saavedra, em 29 de setembro de 1547.
Sua história de fracassos é extensa. Refugiado em Roma, alistou-se no exército italiano, no intuito de conseguir recursos para se manter. Foi ferido gravemente, na batalha de Lepanto, ficando-lhe inutilizada a mão esquerda.
No retorno à pátria, caiu nas mãos de piratas mouros, que o venderam como escravo. Resgatado, cinco anos depois, tentou a vida como poeta. Seus versos foram considerados muito ruins.
Tentou a carreira de escritor, chegando a produzir entre trinta e quarenta peças. Foram consideradas piores que as suas poesias.
Em 1585, publicou um romance pastoral, La Galetea, que não obteve sucesso.
Ele ainda adaptou o texto para o teatro. Sem êxito. O autor e a família continuavam na miséria.
Ingressou, então, no comércio e depois, foi coletor de impostos, em Granada.
Acusado de sério desfalque, sem que fosse provada verdadeiramente sua culpa, amargou alguns anos de prisão. Posto em liberdade, tentou novamente o caminho da literatura, sem alcançar sucesso.
Aos 58 anos de idade era um fracassado como poeta, como escritor, como romancista.
No entanto, certo dia, desiludido, desgostoso, sentiu vontade de escrever. Não sabia o que escreveria mas sentou-se, olhou o papel e surpreso, ouviu uma voz interior:
És um fracassado em literatura, mas te tornarás célebre com o nosso concurso.
Automaticamente, ele iniciou o trabalho e, em breve, publicou a primeira parte de Dom Quixote de la Mancha, considerada uma obra-prima do engenho humano.
Era o ano de 1605. Nos dez anos seguintes, ele tornou a escrever poesias, peças e contos, todos sem qualidade alguma.
Sentia-se incapaz de concluir D. Quixote. Então, alguém que se encobriu sob um pseudônimo escreveu a continuação do romance.
Isso como que despertou Cervantes e, numa invocação, murmurou:
Quem sabe se a voz torne a me visitar e concluirei D. Quixote…
Diante do estado psíquico favorável, os Espíritos finalizaram a obra, que veio à luz, em 1615.
No ano seguinte, em Madrid, Miguel de Cervantes Saavedra retornou à pátria espiritual. Era o dia 22 de abril.
Referência:
1 SOARES, Sylvio Brito. Grandes vultos da Humanidade e o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 1975. cap. Miguel de Cervantes.
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