
Lições para a vida
Físico brasileiro vence prêmio Templeton
junho/2019O físico Marcelo Gleiser, de 60 anos, foi o vencedor do prêmio Templeton, honraria já concedida a Madre Teresa de Calcutá (1973) e Dalai Lama (2012).
O prêmio, uma espécie de Nobel da Espirituralidade, como define o vencedor, é entregue a profissionais que tenham feito uma contribuição excepcional para afirmar a dimensão espiritual da vida, seja por insights, descoberta ou trabalhos práticos, segundo a Fundação Templeton.
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Trata-se do reconhecimento pelos 35 anos de trabalho do físico e cosmólogo, nascido no Rio e radicado nos Estados Unidos. Gleiser é professor de Física e Astronomia e ocupa a cátedra Appleton de Filosofia Natural no Dartmouth College, em Hanover, nos EUA.
Sobre o Templeton, ele explica não se tratar de um prêmio de religião.
Quando se fala em religião, pensamos em algo institucionalizado, como cristianismo, islamismo e budismo, por exemplo. Espiritualidade é um termo muito mais amplo que tem a ver com a nossa relação com o mistério da existência e que transcende questões como: “Em que Deus você acredita?” ou “Que igreja você frequenta?” Por Espiritualidade, entendemos a relação do ser humano com o mistério da existência.
No meu trabalho como cientista, minha pesquisa é muito mais ligada a questões fundamentais sobre a origem do universo, a origem da vida, do que sobre como criar um microchip melhor para fazer um iPhone funcionar mais rápido, por exemplo. Minhas questões são mais existenciais, explica. O grande ponto é que hoje em dia é possível trabalhar em ciência e em questões que tenham uma natureza filosófica, sobre o significado da vida, da nossa relação com a natureza.
Ao anunciar o prêmio, a presidente da Fundação Templeton, Heather Templeton Dill, disse que Gleiser incorpora os valores que inspiraram seu avô, John Templeton, a criar o prêmio e a instituição. Segundo ele, o trabalho do cientista brasileiro incorpora dois valores especialmente importantes para a Fundação: a busca da alegria em todos os aspectos da vida e a profunda experiência humana de maravilhamento e contemplação.
O físico diz que, por meio de seus escritos, tenta colocar a ciência como uma ferramenta de nossa busca por um entendimento maior da condição humana.
Evan Thompson, professor de filosofia na Universidade de British Columbia, no Canadá, endossou a escolha do brasileiro para o prêmio deste ano. Em carta, escreveu: Seus incansáveis esforços para trazer uma visão coesa, justa e inclusiva da Humanidade e seu futuro estão avançando o florescimento humano, reunindo pessoas de diferentes culturas e origens religiosas em uma conversa global sobre a importância de ir além dos velhos estereótipos para celebrar a condição humana e nosso papel como guardiões planetários.
Audrey Furlaneto (O Globo)
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